Policiais que integravam quadrilha envolvida em extorsões são presos em Salvador

Quatro soldados, sendo três policiais militares na ativa e um da reserva, foram presos na quarta-feira, em Salvador, acusados de integrar uma quadrilha envolvida em extorsões. Além dos soldados, um comerciante e um mototaxista também atuavam na quadrilha como informantes. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Na ocasião, foram presos os soldados Lúcio Ferreira de Jesus, de 35 anos (Rondesp/ Central), Maurício Santos Santana, 34 (39ª CIPM/ Boca do Rio), Clovis de Miranda Silva, 33 (23ª CIPM/ Tancredo Neves), e o soldado reserva Danilo Pereira Silva, 30. Eles foram presos em pontos diferentes da cidade e encaminhados à sede da Polícia Civil, onde prestaram depoimento e foram transferidos para o Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. 
Também envolvidos na quadrilha, o comerciante Clemílson Meira Santos, 25, e o mototaxista José Vitor Pires de Novaes, 29, estão recolhidos nas carceragens das delegacias de Repressão e Furtos e Roubos (DRFR), na Baixa do Fiscal, e Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), nas dependências do Detran.

Investigação

A Polícia Civil observou há cerca de um mês, cruzando dados estatísticos de diversas unidades territoriais e especializadas, que o número de ocorrências envolvendo sequestro mediante extorsão ou chantagem praticadas por pessoas que se identificavam como policiais. Após ouvir os depoimentos das vítimas, a polícia constatou que a maneira de agir da quadrilha era sempre a mesma e a descrição física dos criminosos muito semelhante. 

Além disso, chamou a atenção dos policiais também os perfis dos alvos serem sempre os mesmos: parentes de traficantes sequestrados em troca do pagamento de resgate ou pessoas com problemas com a Justiça. Os bandidos exigiam algum tipo de pagamento em dinheiro ou bens, como carros e motocicletas, para mantê-los longe de novos problemas com a polícia.

De acordo com o delegado Moisés Damasceno, responsável pelas prisões, os policiais escolhiam os alvos acreditando que, por serem pessoas com atividades ilícitas ou processadas no passado por algum tipo de crime, jamais fariam alguma denúncia junto a polícia. Ainda conforme o delegado, a quadrilha agia com muita violência e, apesar de formada em parte por policiais militares, se apresentava sempre como integrantes da Polícia Civil, inclusive os informantes. 

Apreensões

Com a quadrilha, foram apreendidos cinco armas - sendo dois revólveres 38, duas pistolas 380 e uma pistola ponto 40, de uso da PM -, munições para diversos calibres, R$ 4 mil, uma motocicleta, dois automóveis Gol, placas, registros do Detran, coletes antibalísticos, balaclavas, fardas das Forças Armadas, bonés, facas, celulares, algemas e roupas. 

Bahia News 
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