Tumulto entre taxistas, policiais e guardas em ato no Recife/PE


Um princípio de tumulto ocorreu na manhã desta segunda-feira entre agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), polícias militares e taxistas que fecharam os dois lados da avenida Mascarenha de Moraes e a via que dá acesso ao aeroporto para quem vem de Prazeres. A confusão aconteceu porque a CTTU e a PM queriam liberar as vias, mas os manifestantes não aceitavam. Após um tempo, os trechos foram liberados e o grupo seguiu em carreata para o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), no bairro da Imbiribeira, Zona Sul do Recife, onde encerraram o protesto por volta das 12h.
O grupo se reuniu logo no início da manhã em frente ao ginásio antes de seguir em caminhada em direção ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freyre, complicando o trânsito. Eles protestam contra aplicativos que utilizam carros particulares para fazer transporte de passageiros, como o Uber. 
Os taxistas afirmam uma queda na procura dos seus serviços depois da utilização do app. Além disso, nas faixas e cartazes erguidas por eles frases afirmam que o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, e o governador de Pernambuco Paulo Câmara, abandonaram as famílias dos taxistas. Os manifestantes vestiram camisas pretas e levaram uma urna funerária para o ato.
Divergências

O sindicato dos taxistas de Pernambuco se posicionou contra o protesto. Para eles o ato não tem um objetivo exato. "Não acreditamos na eficácia de paralisar vias próximas ao aeroporto. O prefeito não está lá, mas entendemos que protestar é um direito do trabalhador", afirma Kelly Pedrosa, assessora do sindicato.

Ela diz ainda que o sindicato não está parado diante das reivindicações dos taxistas. "Estamos em negociação com a Prefeitura do Recife, com o Ministério Público e com sindicatos de outras cidades, como Olinda e Paulista. Além disso, estamos trabalhando em um projeto que pretende melhorar a qualidade do serviço prestado nos táxis, inspirado no serviço prestado pelos taxistas londrinos", comenta a assessora. O projeto pretende ser lançado em setembro deste ano.
Protesto

O diretor da cooperativa dos shopping, Wellington Lima, comentou o ato. "Estamos reivindicando que o prefeito e o ministério público cumpram a lei porque o app teve um prazo para se legalizar e não se legalizou, ou seja, provou mais uma vez que é ilegal. Queremos que ele se legalize para fazer uma concorrência justa".

No carro de som presente no ato, os taxistas pediram desculpa a sociedade pelo transtorno causado no trânsito, mas explicaram que é um mal necessário. Por exemplo, o passageiro, Clauber Miranda, estava indo para o aeroporto e quase perdeu seu voo para Curitiba,  mas chegou a um concesso com os taxistas que furaram o bloqueio e o levaram sem cobrar para o aeroporto. "Eu acho que toda manifestação é válida, mas não podem impedir que as pessoas transitem nas vias", afirmou o passageiro antes de chegar ao acordo com os manifestantes.
FOLHA PE
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